quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mentirosa emoção

Sinto não estar em minha plena consciência
mal consigo coroar a falta que você me faz
Não assumo, não me responsabilizo ainda
Tento a liberdade girante
Tento águas de chuva
Tento tecer palavras
Mas venço somente o enjôo
Peço, imploro que não seja definitivo,
Ainda assim.
Peço que não restem somente marcas inapagáveis
Incuráveis companheiras.

Flores tentam florir também
Percebo-me sendo feliz,
Que estranho sê-lo sem sentir você tão por perto
Não é o mesmo sorriso
Quão longe se encontrás ?
Diz ...

Dessa vez sei não estar apostando minha própria alegria
Tento mais e evito o tempo
E tudo mais que o homem criou
O que eu quero mesmo é o mais agradável dos presentes:
Sua mentirosa emoção em forma de olhar.

O sangue secou, mas ele muito jorrou um dia. Acredite.

Sou mais é uma acorrentada que uma apaixonada saudosa !

Meu pequeno útero ainda jorra essa minha avermelhada incompreensão maternal.

Falta água, luz e energia para essa flor desabroxar em harmonia. Mais ainda: faltam sementes de camomila que possam afogar essa minha agonia.

Poderia eu provar um gole de morte sem precisar embebedar-me dela !?

Sal

Minha maré está cheia,
Transbordando transparência e sal
Afogo os raios solares pertubadores que insidem em (agora minha) doce água.
Faltam-me sonhos em dias de solidão,
Falta-me coragem para apagar essa imensidão tão idosa de sempre.
Agora, as estrelas tentam me proteger do que antes as tornavam assassinas,
Mas eu sei que dessa vez há de brotar vida de onde me é mais morta a natureza.

sábado, 18 de abril de 2009

A Complexidade mais simples

Tentando encontrar um sentido para as mais complexas coisas da vida, descobri que as mais simples é que são as mais difíceis de definir. Pois é. Vivemos imersos cada um em seu próprio mundo particular, isso é inevitável. É sempre muito difícil pôr-se no lugar dos outros, mas ganha-se uma grande recompensa por isso. Grandes e alertos olhos a observar a atmosfera e as atitudes que os cercam, há muito a se aprender, muito a descobrir, muito com o que se divertir, muito a que lamentar. Não pode esquecer: não há como viver sozinho. Não há como perpetuar, como deixar uma parte, um pedacinho seu por aqui sem outra pessoa. Algum dia ainda alcançamos o estágio das flores, elas sim podem ser independentes e belas. Elas sim são livres e simples provas naturais da existência, de complexa definição. Olhe-se no espelho ainda hoje, pense em como você pode parecer estranho para as flores, para os animais. Pense em como é disforme e grande sua forma e em como são peculiares suas expressões. Pense finalmente em quão lindo é o que te move, a todo momento, e na linha de energia que você é, e que seu limite vai muito muito além do céu. Pense em quão complexo você parece, mas o quão simples você é.
Vida.
Movimento.
Conjunto.
Amor.
E quem vai querer coisa melhor que isso? =)

terça-feira, 14 de abril de 2009


Liberta vento, essa alma jovem e sedenta por vida
Liberta seus medos e seus compromissos maiores
Permita voar pra longe e pra qualquer lugar
Furar o ar como um raio e passear suspirando por aí
Liberta seus sonhos e devaneios
Trás a certeza, a verdade e a eternidade
Trás de vez a maior e a melhor das felicidades