terça-feira, 15 de setembro de 2009

Auto-retrato

Auto-retrato

A única coisa que não se modificou na minha consciência em meio a todas as perturbações foi a certeza de que aquilo precisava mudar. O inconformismo com a situação era o meu resquício de esperança, o “combustível” que ainda me motivava a ir atrás do que sonho – e meu corpo, que é o meu veículo, precisava ser reabastecido. Eu nunca me permiti desistir, apesar do cansaço da minha mente. E, por ser tão jovem, sinto que isso pode acontecer de novo, mas não foi por acaso que o sofrimento ocorreu. Não me rebelo em relação a isso, pois posso, agora, perceber que me foi concedida a oportunidade de, ainda em tenra idade, obter respostas e motivações que levarei para toda a vida.

Se, há pouco, era difícil até respirar, hoje posso dizer que encho meus pulmões de ar e, ao mesmo tempo, preencho meu peito de vida. Eu sou dona da minha cabeça e do meu destino; sou quem escreve a minha história. Posso dizer que optei por ser livre, por pensar criticamente acerca de todas as informações que chegam até mim, e selecionar o que vale a pena absorver, acreditar e seguir. Ao mesmo tempo, tenho a autonomia de descartar aquilo que não ter valor e me afastar de tudo o que me faz mal.

Nesse momento em que me veio a necessidade de transcrever parte daquilo que se passa comigo, me sinto bem, alegre e VIVA. Me apropriando de palavras que não são minhas, e sim, de um amigo que as proferiu a mim, eu digo: sou uma grande árvore. O vento balança minhas folhas; se for um vento forte, movimenta até meus galhos. Mas minha raiz está fixa na terra, e nada me retira daqui. Sendo assim, em alguns momentos, me sentirei “mexida” e até angustiada, mas tudo aquilo que eu acredito, permanecerá em mim, e sempre terei o poder de me reestabelecer. Eu sou forte, nada nem ninguém pode mudar isso.

Beatriz Pichinine Noronha.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Já, sentindo me caminhar aos poucos com meus próprios pés, posso enxergar .. a vida passa e não tão vagarosamente assim.
Observo aos mesmo tempo imagens dos extremos, os extremos de uma caminhada, os extremos do amor, da magoa, o vencimento de todas as culpas, o presente do perdão. Meu paizinho tão verdadeiro, meu filho, meu grande amor indo-se distante e devagar. Velho homem de passos curtos, andar arrastado, sobrevivente de uma morte impiedosa e covarde, ama a mim ainda, talvez ainda única linda flor em seu pequeno grande coração . Imploro-o que me acompanhe em qualquer circunstância, amo lindamente, saudosamente, infantilmente, culpadamente. Ainda aqui, a meu lado, sinto sua respiração, seus profundos sonos a tarde, sua cumplicidade sem fim, seu abraço tímido e sem jeito, seu choro abafado e constate, o inflar contido de suas bochechas, a magreza que o vício trouxe para confortar, a fraqueza e fortaleza ao falar, o consolo de suas palavras, o aconchego de seu colo sob a almofada, suas mãos leves e enrugadas a segurar, quase que tocando somente, as minhas.
De outro lado, sinto a leveza infantil, doce caçula, vinda repentina e tão dificilmente aceitável circunstância. Pequena menina, de meu mesmo tom de pele, chamada meia irmã, não possui a melhor parte de meus gens, que pena ! Lindo rostinho, desconhecido futuro, em meio a escolhas precipitadas, passos ao escuro, mais uma mulher sob masculina guarda, tão mais velha, tão menos madura, tão continuamente despreparado. Vendo o monstruoso paterno coração dos meus sonhos fundindo-se por tão pequenino ser, seria eu grande demais ?
Ela gosta de sentir-se amada e desejada, desde pequena. Ela já sabe o que é ser linda, ela sorri ao som de minha palavra, ela pensa num sei o que, ela implica com meu cabelo. Mas ela pode, porque é, inevitavelmente linda. E que possa florescer, num habitat tão incerto e infiel, que tenha sanidade e força de vontade, mais tarde, quando puder, assim como eu negar o que quiser e seguir fundo seu coração.

Tão inevitavelmente comprovo que o amor muda tudo de lugar e proporciona aos seres cegos o novo enxergar. Bebê, e de qualquer maneira meu. Não me peça em nenhuma circunstância para deixá-lo ir, assim como não pediu-me para chegar. Tenha em suas mãos meu coração pulsante de amiga, amada, irmã, mãe e neta.
Amo-te, lindos bebês !

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Past

Navegar em mares fundos e turbulentos, sentir leves correntes quentes e até observar belas cores e vida ainda em algum lugar. Passear por lembranças e reviver de modo melancólico o passado é uma viagem que promete muitos alívios, dores e saudade. Promete arrependimentos, angústias ou esclarecimentos. Pessoas, vozes, momentos, sentimentos e rostos. Há também o passado interior, aquele misto de sensações que só você reconhece, só você tem a certeza de que já sentiu bem fundo antes. O passado é história, é construção, é conforto. O passado é o início, é o fim, é o mais evitado.
Viagem que pode durar momentos, horas ou grande tempo. Não pode-se esquecer somente de ter tempo para construir um presente e assim, um futuro passado. O próximo a ser lembrado.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Se eu quiser, em algum momento de alegria extrema, equilibrar .. eu procuro e acho drama, acho facilmente lágrimas aqui por dentro. Tem sempre algo em minha natureza, algo extremado, algo muito negro mesmo. Eu sou puro sentimento, sou pura emoção. E eu acho em antigos casos de amor, eu ainda acho um pouco desses velhos amores em mim ... eu acho imagens de carencias, ossos tortos e um homem distante, o homem que eu condenarei.
E elas podem brotar ainda mais fáceis da minha retina quando me lembro de repente que há algo muito cruel, o fim, o que leva de vez as pessoas mais amadas. Tem dia que seguro fundo dentro de mim, eu tento, mas eu simplismente mal posso esperar para explodir. Eu quero enfim a liberdade, eu quero segurar em forte aperto e apego todas as oportunidades, eu quero meu futuro brilhante, o que eu já construir, eu o quero o quanto antes. Esmagar as más lembranças e as sensações de impotência e injustiça. Pisar na submissão feminina, aquela velha acompanhante na história de todas nós. Eu quero falar alto tudo o que eu penso, eu quero instaurar a igualdade, eu quero ensinar, aprender. Livrar meus olhos de imagens apunhaladoras todos os dias, chega de retratos em movimento daquilo que um dia já muito me causou desconforto. Abrir os braços e me sentir vitoriosa mais uma vez. Pela primeira vez, minha vitória construída sob meu suor e cansaço, sob meu esforço, sob minhas costas. Eu a quero em minhas mãos.

sábado, 16 de maio de 2009

Mudanças.

Esse possivelmente é a minha postagem mais simples e objetiva no blog... A subjetividade não me auxilia nessa caso, quero ir direto ao ponto.
Sinto o retorno da esperança em mim. Uma sensação boa de que as coisas tem fluído bem, e que tudo tende a melhorar. Nenhuma dor dura para sempre, e quase tudo tem solução. O problema é a dificuldade que temos em pensar nisso quando esta tudo muito difícil... Mas, agora, posso acreditar nisso. E sabe por quê? Porque eu tenho agido para mudar a rota do que está ruim em mim. Consegui começar a AGIR, isso que traz as reais mudanças. É claro que tem vezes que eu fraquejo; e também é claro que eu tenho medo de voltar à situação anterior, de tristeza profunda. Mas quer saber? Eu estou vivendo! E meus momentos ruins estão diminuindo de número, dando lugar a uma paz interior que estava perdida há tempos.
E é assim que eu findo esse pequeno texto. (:

sexta-feira, 1 de maio de 2009

in too deep

Ser dotado de razão é um problema, em certo aspecto. A gente tenta racionalizar tudo, e muitas vezes se depara com a impossibilidade de fazer isso. Há coisas (muitas, aliás) sem explicação, sem uma lógica, o que nos faz sentir impotentes, confusos e sem saber como proceder. Eu falo de sentimentos. O que surge sem que a gente espere, o que pode acabar com o passar do tempo, o que a gente tenta controlar sem sucesso. Apesar de inerente ao homem, é um campo de questionamentos sem solução.
Me encontro nessa situação agora, sinto-me sem respostas. Se um adjetivo pode me definir razoavelmente de acordo com o momento que passo, é "fragilizada". Não diria "frágil" porque não é uma condição da minha existência, é uma passagem dela. E tudo que eu mais quero é que passe.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mentirosa emoção

Sinto não estar em minha plena consciência
mal consigo coroar a falta que você me faz
Não assumo, não me responsabilizo ainda
Tento a liberdade girante
Tento águas de chuva
Tento tecer palavras
Mas venço somente o enjôo
Peço, imploro que não seja definitivo,
Ainda assim.
Peço que não restem somente marcas inapagáveis
Incuráveis companheiras.

Flores tentam florir também
Percebo-me sendo feliz,
Que estranho sê-lo sem sentir você tão por perto
Não é o mesmo sorriso
Quão longe se encontrás ?
Diz ...

Dessa vez sei não estar apostando minha própria alegria
Tento mais e evito o tempo
E tudo mais que o homem criou
O que eu quero mesmo é o mais agradável dos presentes:
Sua mentirosa emoção em forma de olhar.

O sangue secou, mas ele muito jorrou um dia. Acredite.

Sou mais é uma acorrentada que uma apaixonada saudosa !

Meu pequeno útero ainda jorra essa minha avermelhada incompreensão maternal.

Falta água, luz e energia para essa flor desabroxar em harmonia. Mais ainda: faltam sementes de camomila que possam afogar essa minha agonia.

Poderia eu provar um gole de morte sem precisar embebedar-me dela !?

Sal

Minha maré está cheia,
Transbordando transparência e sal
Afogo os raios solares pertubadores que insidem em (agora minha) doce água.
Faltam-me sonhos em dias de solidão,
Falta-me coragem para apagar essa imensidão tão idosa de sempre.
Agora, as estrelas tentam me proteger do que antes as tornavam assassinas,
Mas eu sei que dessa vez há de brotar vida de onde me é mais morta a natureza.

sábado, 18 de abril de 2009

A Complexidade mais simples

Tentando encontrar um sentido para as mais complexas coisas da vida, descobri que as mais simples é que são as mais difíceis de definir. Pois é. Vivemos imersos cada um em seu próprio mundo particular, isso é inevitável. É sempre muito difícil pôr-se no lugar dos outros, mas ganha-se uma grande recompensa por isso. Grandes e alertos olhos a observar a atmosfera e as atitudes que os cercam, há muito a se aprender, muito a descobrir, muito com o que se divertir, muito a que lamentar. Não pode esquecer: não há como viver sozinho. Não há como perpetuar, como deixar uma parte, um pedacinho seu por aqui sem outra pessoa. Algum dia ainda alcançamos o estágio das flores, elas sim podem ser independentes e belas. Elas sim são livres e simples provas naturais da existência, de complexa definição. Olhe-se no espelho ainda hoje, pense em como você pode parecer estranho para as flores, para os animais. Pense em como é disforme e grande sua forma e em como são peculiares suas expressões. Pense finalmente em quão lindo é o que te move, a todo momento, e na linha de energia que você é, e que seu limite vai muito muito além do céu. Pense em quão complexo você parece, mas o quão simples você é.
Vida.
Movimento.
Conjunto.
Amor.
E quem vai querer coisa melhor que isso? =)

terça-feira, 14 de abril de 2009


Liberta vento, essa alma jovem e sedenta por vida
Liberta seus medos e seus compromissos maiores
Permita voar pra longe e pra qualquer lugar
Furar o ar como um raio e passear suspirando por aí
Liberta seus sonhos e devaneios
Trás a certeza, a verdade e a eternidade
Trás de vez a maior e a melhor das felicidades

terça-feira, 31 de março de 2009

"J'en ai marre d'en avoir marre!"

A vida me enfraquece. Concluo isso a partir de meu estado físico, meio abatido e frágil, que busca forças em sei-lá-onde. O estresse e as pressões só fazem desgastar, enlouquecer, desestabilizar alguém que já não é tão estável assim. Eu queria um pouco de paz pro meu espírito, um subterfúgio pr'as minhas angústias.
A minha doença é da alma, e passa pro físico as dores que nela habitam. Eu posso ser forte e vencer tudo isso, ou só me deixar abater?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Em chamas


Ih, eu e minhas confusões incomuns. Parti direto de um conto de fadas, direto da infância e cegueira. Agora eu mudei, meu bem! E não queira me dar aquele amor incondicional, eu meio que sinto um ''Deus me livre!" dentro de mim misturado com uma inveja súbita. Hoje eu me divirto mais, mas antes eu era mais feliz. Pele de veludo e uns olhos de arrepiar, não chega tão perto assim, por favor. Confusão total, tamos juntas, no mesmo barco, eu sei! Tô esperando passar só.
Eu nem sei mais, o que quero por inteira, não há mais nada inteiro por aqui. Eu tenho o amor sincero, eu sei, e isso me encanta. Mas não há como negar que ele veio, infelizmente, um pouco tarde. Agora o lado doce se combina com meu intenso forarel, tá quente aqui, quente demais. E aí fez-se minha confusão. Nada muito sério, mas são coisas minhas. Eu não me anulo mais, eu não me uno mais, como que fazendo parte da mesma coisa. Agora há somente eu, e eu e mais meu intenso e inquieto coração. E põe inquieto nisso!
Que eu nem sei mais o que fazer.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Eu, fim do mundo




Um ciclo é a vida, incrivelmente surpreendente e redonda. Agora dá pra ver que muitas coisas são pura besteira. Quantas besteiras por aí e por aqui! Mas de que adiantaria se não mergulhássemos e não nos permetíssemos viver as emoções tão fortemente arrebatadoras que a vida nos propõe exatamente no momento em que elas vêm a tona? De que adiantaria se a tudo que me acontecesse eu pensasse que seria só mais uma coisa e não desse a mínima importância. Eu não seria a mesma, não seríamos os mesmos agora. E de que adianta nos encondermos e fugirmos desesperadamente para trás das coisas. Pra trás de um amor, de uma igreja, de um ilusório modo de viver? Não há nada que o homem odeie mais que a sua própria dor. Porque está por dentro, latejando, ardendo, espetando, enlouquecendo. E então ele se esconde, sem saber que aquilo sempre volta mais cedo ou mais tarde. E de que tamanha burrice é se esconder e negar o que se tem por dentro para viver mais tarde, tudo outra vez. O ser humano teme a todo momento uns aos outros e aquilo que o habita. Não há harmonia em uma sociedade, jamais. E trata-se de uma terra extremamente fértil para enfermidades de toda escala. Não há saúde mental quando se vive em uma prisão e é onde estamos, maior parte de nós, encarcerados. A liberdade amedronta também. Ela e a responsabilidade, a coragem de fazer o que é preciso, de ser fiel a si mesmo, de seguir com a cara a mostra por aí. Nos aprisionamos, nos condenamos. Tornamos disso aqui um inferno, somos egoístas e destrutivos e nem sequer aceitamos nossa imagem no espelho, ao lermos isso. Não há diabo, meu irmão, o diabo somos nós!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Future


E aqui está, bem a minha frente. E como é agoniante ter seu futuro somente em suas próprias mãos, isso não é de nenhum modo consolador. Mas sem dúvidas isso se chama independência e isso se chama medo também. Não sei, mas agora eu tenho uma carta na mão, e eu sei (por sorte) o que eu quero e o que espero de mim. E se há com quem se decepcionar esse alguém é comigo mesma, a pior e a melhor das decepções.
Perdoamos a todos com alguma facilidade, mas não a nós mesmos. Aí não ! Mas agora eu vejo que sou como uma fogueira, uma fogueira por um ano. Ou pela vida toda ? Que só precisarei de mais e mais lenha, toda vez que meus músculos pedirem por desistência e acomodação, toda vez que minha mente implorar por pensar como uma perdedora. Porque ser perdedor é fácil para aqueles que não foram presentiados com amor próprio, mas não para mim, porque isso força, mas do que tudo, a minha natureza de amor. Do amor, para o amor. E eu respiro cada coisa de melhor que possa fazer a mim e a todos a minha volta. Agora aprendi a me dar valor e ninguém me segura, aprendi a ver que o espelho é fiel e que as pessoas mais inteligentes, e só as mais inteligentes me amam de paixão. E que as outras estão paradas, petrificadas no tempo. Daí, facilmente, elas se transformam numa foto amarelada no fundo da gaveta. Coitadas .
E só o que sei dizer é que tá meio confuso agora, eu vim pra dizer que tá confuso e ao mesmo tempo tudo muito claro. Que tá forte e fraco. Que é caso de vontade e descaso. Que ou é amor ou é indiferença. Que é agora (e desse jeito melhor) ou nunca .

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Finalmente!!!!!!!!!!!

Minhas queridas amigas, espero que me perdoem por ter demorado tanto e falhado com minha promessa. Bom, assim como prometido, segue abaixo um poema que foi escrito no ano de 2005:

O jogo da vida

Minha vida brincou comigo
Deu uma volta tão grande e tão inesperada
Que realmente não sei
Se eu jamais a alcanlçarei de novo
Um ente muito querido me foi tirado
Por conta do empo
Minha família está em crise
E eu estou passando por um problema
Que eu jamais achei que passaria
Tenho passado por momentos que
Me deixam cada vez mais infeliz
Tenho uma doença imperceptível
Mas com uma importância tremenda
Não sou deficiente, nem vou morrer por sua causa
Mas por dentro ela continua ali

Tenho que passar por tudo isso
Fingindo que estou feliz
Ocultando dentro de mim uma dor
Física e moral

Me sinto sozinha no mundo
Mesmo rodeada de pessoas
Não sei que decisão tomar
Não sei o que fazer
Também não sei porque escreci
Essa pequena parte da minha vida
Neste pequeno pedaço depapel
Só espero que com o tempo
Tudo isso passe
Assim eu espero.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

[untitled]

É incrível a necessidade de ser forte para viver bem, e não apenas sobreviver. Chega o dia em que você é apresentado ao mundo real, o mundo adulto, onde você tem que tomar decisões a todo instante... Deve se comprometer com elas, e arcar com as suas conseqüências. Surge o momento em que você precisa optar pelo mais correto, que geralmente difere do mais cômodo e mais próximo. É preciso ter peito para assumir o que se quer, aceitar as críticas e se manter erguido. E toda a dificuldade por que passamos tem a sua recompensa, nem que ela seja nos fortalecer e ensinar. A ingenuidade vai se perdendo e dando lugar à malícia, à maturidade. Não se pode negar.
Parece tão bom viver em um mundo pequeno, repleto de coisas boas, onde não se faltam respostas para as perguntas e tudo, exatamente tudo, se encaixa. A realidade não está nem próxima disso. E é o tempo que nos apresenta a ela, com sua face perversa e dura, que nos enche de preocupação e momentos de desespero. Que nos preenche, muitas vezes, por um desânimo sem fim, que parece nos mostrar a morte da esperança.
Mas isso tudo passa e vale a pena, se nós realmente queremos. Se aprendermos a viver, tudo o que passamos nesse caminho tem o seu valor. Nosso olhar sobre a vida nos define felizes ou infelizes, dependendo da ênfase que damos nos maus ou bons acontecimentos.
Bem-vindo a essa bifurcação, tome a sua decisão.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quebra cabeça

Me corto ao meio, e divido meu misto de melancolia e doçura a todo momento. Uma confusão, mau posso evitar! Mas o que ao mesmo tempo me assusta e me fascina é que consigo paralelamente conviver, com o mínimo de harmonia, imersa nessa divisão profunda.
Mas se há uma coisa da qual me orgulho é ser uma mulher de amores, irrigada de amor da cabeça aos pés. O amor impulsiona e obriga-te a viver. De um lado mato-me e do outro salvo-me. Seguro a mim mesma antes de me jogar de um precipício e corto minhas próprias asas em pleno vôo, uma contradição!
Mas o que posso fazer com esse meu coração branco e preto ?!
Melhor isso, que não ter coração ou que estar morto, não é mesmo?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Premier

E agora só há uma vontade aqui. Se eu fosse sua menina e soubesse aceitar seus defeitos, tudo, tudo seria mais fácil. Se eu soubesse fazer tudo muito bem, se eu soubesse que não ia te fazer sentir o que um dia senti ... eu teria certeza e não romperia, tão facilmente, nossos laços. Eu seria livre pra sentir seu perfume e pra te abraçar. Livre para te ver amadurecer aos poucos, livre para ser contaminada novamente pelo excesso de confiança iniciante. Que inveja isso me causa em você. É tão mais fácil quando nos permitimos se jogar e mergulhar sem medo nesse mar de elástico.
Eu me decido, fortemente e me angustio por sentir assim ... depois, todas as vontades voltam, e eu quero somente seus lábios e seu jeito tão príncipe de ser. Entre grades meu coração se angustia desejando agir novamente e exatamente do jeito mais indeciso possível. E aos olhares de fora, é isso, indecisa, imatura. Como dói ...
Mas ainda assim te deixaria me descobrir totalmente, em um só dia, e sentir que há algo de errado em agir tão precipitadamente, mas ainda assim estar feliz por não refrear meus desejos, pela primeira vez. Suas mãos macias e o olhar mais doce, iriam me consumir e me invadir de corpo e alma, e pela primeira vez iria até o fim, me sentindo mais mulher do que nunca. E de alguma forma, ser sua mulher seria um privilégio, mesmo que não fosse a primeira. Deixaria o calor percorrer correndo de mim pra você, de você pra mim. E eu honraria meus desejos e o poder que meu sexo me dá, você a me dominar.
Por fim eu diria 'adeus' e guardaria fundo sua lembrança intacta e doce para sempre. Como o primeiro, o primeiro de muitos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Prisão Social

Nesse mundo, quantas coisas existem ... quanta gente, quanta atividade !
Uma pena é que tenhamos de se encarcerar numa rotina diaria, e estar sempre nos mesmos lugares e nos mesmo dias e horários e que tenhamos que ser pontuais, e que grande importancia isso tem na sociedade. A muitos faltam dinheiro e trabalham dias e anos, para não ter com que gastar, mas também a aqueles que ganham muito, mas faltam também a esses tempo para gozar dos benefícios que tanto trabalho pode beneficiar. Poucos e muitos poucos de nós podem fazer o que querem, sem aprisionar a alma com rotina e obrigações sempre ... Poucos experimentam caminhar na praia de manhã durante a semana, poucos prestam atenção na lua e apreciam o pôr do sol, poucos curtem seus filhos de verdade e acompanham suas vidas de perto, poucos aproveitam um momento de folga sem pensar no dia de trabalho ou de estudo que têm que enfrentar no dia seguinte, poucos andam de bicicleta e colhem uma flor. Há TANTAS coisas por aí, tantos cursos, tantos passeios, tanta música, tanto lugar legal, mas poucas, poucas pessoas tem disponibilidade ou dinheiro para aproveitar e viver suas vidas de verdade, de acordo com seus gostos e vontades, ao menos de vez enquando. Tudo porque vivemos para sobrevivever, para permanecemos vivos e conseguirmos o capital necessário para isso, e logo o capital, logo o dinheiro, logo um pedaço de papel.
Lamentável é ver para onde caminhou uma sociedade que se iniciou com tanta generosidade, tanta parceria, tanta pouca roupa, tanta arte e tanta melanina ... Pra onde foi tudo isso?




sábado, 10 de janeiro de 2009

All you need is LOVE


É interessante como o amor se manifesta de formas diferentes, dependendo de quem a gente ama. Amor de pais é um, de irmãos é outro, de amigos é outro, e por aí vai. Mas o que eu vou me referir a seguir é o amor que não nasce com a gente, que surge quando conhecemos alguém e o nosso coração bate mais forte em sua presença.
Esse amor é o paradoxo sobre o qual mais se fala e se tenta entender. Minhas reflexões nunca obtiveram grande sucesso nesse aspecto, permaneço sem compreender suas contradições. Isso me traz a expor, aqui, minhas indagações.
Como pode ser o problema e a solução, ao mesmo tempo? Viver sem amor não é viver; amar sem nunca sofrer é improvável. Amor faz doer quando não é correspondido, quando está desgastado, quando está coberto de insegurança. E como, como evitar que o tempo o danifique, que as feridas abertas impeçam a gente de se entregar novamente?
Amar é bom, é louco; pode ser perigoso e arriscado. E a gente não desiste do amor.
No fim das contas, o que vale a pena viver intensamente e tentar. E se permitir AMAR.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Not anymore ...

Devaneios perdidos de uma mente cansada de pensar,
De um coração cansado de amar
Instintivamente palpita, machucando tudo por dentro
E já não há nem mais razão para todo esse querer
Mas a verdade é que, viciei fundo em seus lábios
Viciei e aceitei cada parte como é,
Como era ...
Seja lá o que for.

Voa pra longe, suas asas tão lembradas
Busca e alcança, com todo êxito, tudo o que quer
Deixa somente esse vazio que nem os meses são capazes de preencher
Rompa as barreiras do silêncio e encha-me, simultaneamente, de dúvidas
Seja capaz com sua, tão peculiar, introspecção de despertar o encantamento,
Escondido, de uma jovem que grita aos ventos que lhe ama
Trace com fortes palavras, fincadas no verso de uma foto, minhas lágrimas mais ferventes
Consiga, sem o menor esforço, a decadência de diversas tentativas frustadas
Seja increvelmente inesquecível
E depois
se
vá ...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Corrente de criação



* '' A melhor coisa é sentir, agora, todo o meu melhor passado preservado. ''
Helena


* " Uma reunião inesquecível!! Um passado que é presente e será sempre parte do meu futuro. "
Pine


* '' Se a falta de criatividade pode ser utilizada a meu favor, digo que estou SEM PALAVRAS! '' Pichinine

* '' E logo pra mim que já fui tão facilmente esquecida, me custa forças para repassar, com a mesma intensidade, a dor que senti ''
Helena


* '' Ano novo, novas convicções, novas decisões, novas oportuinidades e , se Deus quiser, nem novas nem antigas decepções."
Pine


* '' Ditados podem se aplicar realmente às nossas vidas, em determinados momentos... Um dia após o outro, só o tempo ameniza as dores. ''
Pichinine

* '' E quem vai trazer o alívio, o tempo para o alívio desse meu angustiado coração? ''
Helena


* "Estes momentos criativos que expressam um dos poucos, que um dia serão muitos, momentos de alegria que passamos juntos."
Pine


* '' Eu sou LIVRE, soltei-me de minhas amarras!!!! ''
Pichinine


* '' O dilema do futuro ocupa as entranhas do meu pensamento. E o que será de mim sem mim mesma? ''
Helena


* " Idéias semelhantes, mesmos pensamentos, as vezes até mesmos sentimentos, mas será sempre assim?? Com outras pessoas?? Quaisquer que sejam?? Will I always be alone?? ''
Pine


* '' Reservo-me o direito de sonhar, e preservo meus anseios mais íntimos. "
Pichinine


* '' Mato-te e suicido o que há de você em mim repetidas, repetidas, repetidas e repetidas vezes ... ''
Helena


*
" O que serei?? Que decisão irei tomar, se esta irá afetar o resto de minha vida?? Tomarei a decisão certa?? I hope so."
Pine


* '' Aujourd'hui, je ne suis plus ce que j'était d'autre fois. Heuresement."
Pichinine